Em sua 11a edição, a Bienal de Arquitetura de São Paulo busca dar um passo à frente, pensando-se em projeto como meio para ação e a transformação coletiva na cidade, trazendo diversos agentes envolvidos na construção necessariamente coletiva da cidade para um lugar comum.
Intitulada Em Projeto, esta Bienal questiona o significado do termo “projeto” a fim de abrir caminhos e discussões sobre as possíveis formas de se “fazer” cidade. Em Projeto refere-se ao lugar do projeto no processo de construção. Para repensar o significado de projeto, tomamos seu sentido do latim, projetar-se, colocar-se na linha de frente.
A Bienal de Arquitetura de São Paulo enfoca portanto a 'realização' e as ferramentas disponíveis que inovam para se concretizar ideias, incluindo a construção de políticas públicas, legislação, participação cidadã, manuais, formas alternativas de financiamento, ações experimentais, entre muitas outras coisas. Além disso, temos o objetivo de tornar processos do urbanismo legíveis para um grupo maior, para amplificar a discussão sobre uma cultura urbana ligada às possibilidades de ação e com o objetivo de qualificar o território. Mais do que uma exposição, trata-se de produzir conhecimento e deixar um legado para a cidade.
A partir da abertura do observatório e estúdio da Bienal, no fim de 2015, construímos nos últimos meses a base operacional para sua organização. A partir de um núcleo de produção de conteúdo, estamos desenhando um modo de operação com capacidade de incluir vozes diversas e gerar seminários e oficinas com o objetivo de indicar caminhos, formas de fazer, intervenções reais, mecanismos e ferramentas capazes de facilitar o entendimento e a transformação da cidade a partir de seu coletivo.
A 11a edição da Bienal de Arquitetura de São Paulo terá eventos pontuais distribuídos ao longo de sua construção, focada nos diversos processos do fazer arquitetônico e na transformação do espaço urbano da cidade.
Em seu módulo estruturador, a bienal se concretiza como uma plataforma contínua de trabalho no intervalo de dois anos, através de formatos diversos – seminários, estúdio aberto, chamamentos públicos, concursos de arquitetura, oficinas, palestras, projeções, publicações, intervenções diretas no espaço – gerando conteúdos capazes de deixar um legado para uma transformação efetiva no espaço da cidade. Tal produção converge para a exposição, encarada como um momento final desta trajetória.
- Realização: Instituto de Arquitetos do Brasil
- Direção Geral: Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo, José Armênio de Brito Cruz
- Direção de Conteúdo: Marcos L. Rosa
- Assistência de direção geral: André Goldman
- Assistência de direção de conteúdo: Bruna Montuori
- Coordenadores do Estúdio Colaborativo: Catherine Otondo